Curiosity Chega em Marte

Curiosity finalmente chegou no Planeta Vermelho! Nesta última madrugada, a viagem de 36 semanas foi completada com sucesso quando Curiosity pousou em Marte. Agora, o veículo-robô inicia um trabalho de dois anos de pesquisas no planeta.

Para quem não teve a oportunidade de acompanhar os momentos em que a NASA recebia as confirmações de pouso e as primeiras fotos capturadas por Curiosity em Marte, segue o vídeo:

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NASA Aguarda Pouso de Curiosity em Marte

Funcionários da NASA estão ansiosos e com os dedos cruzados, com seus relógios ajustados para o tempo de Marte. “Curiosity”, nome do veículo-robô que custou $2.5 bilhões para a agência, se aproxima do planeta vermelho para o pouso mais complexo, caro e de alto risco jamais tentado em outro mundo.

Curiosity é alimentado com plutônio, possui seis rodas, e carrega consigo câmeras e dez instrumentos científicos, incluindo um laboratório de análises de bordo e um aparelho de perfuração para testar se Marte já ofereceu as condições favoráveis ou compostos orgânicos necessários para a vida.

No Jet Propulsion Laboratory em Pasadena, onde as operações de pouso estão sendo gerenciadas, 700 engenheiros e cientistas do programa atingiram hoje a fase mais difícil da missão: a longa espera até a realização do pouso, que está totalmente fora do controle deles. Após oito anos de esforço intenso, não há muito o que fazer a não ser aguardar a recepção da linha de código de telemetria que indicaria a confirmação de pouso seguro em Marte, na madrugada de segunda-feira.

A descida e pouso do robô móvel de uma tonelada está agendado para ocorrer perto das 2:31AM (horário de Brasília) na segunda-feira (clique aqui para assistir ao vivo). O pouso é totalmente automatizado, devido aos 14 minutos de latência entre as transmissões entre Marte e Terra.

Na verdade, quando os gerentes de missão na sala de controle do Jet Propulsion Laboratory receberem notícias no início da segunda-feira que a embarcação atingiu o topo da atmosfera de Marte, o veículo (que é do tamanho de um carro compacto) já teria pousado seguro — ou se esmigalhado — sobre a superfície por pelo menos sete minutos.

Em sua descida de sete minutos, Curiosity terá que frear da sua velocidade de 13.200 milhas por hora (aproximadamente 21.243 quilômetros por hora) até um pouso suave e perfeito na superfície de Marte. Para isto, Curiosity dependerá de manobras de deslizamento hipersônico, o maior paraquedas supersônico já implantado, oito motores de foguete de hidrazina disparando em sequência, e um elaborado sistema de correntes, chamado “sky crane” (“guindaste céu”), que servirá para baixar o veículo/robô gentilmente até o chão.

Engenheiros da NASA pretendem monitorar o pouso indiretamente através de dois satélites orbitando Marte — o Mars Reconnaissance Orbiter e Odyssey — que estarão passando sobre o local de pouso para registrar e retransmitir os dados transmitidos pela nave de pouso. Durante a missão, os cientistas e os gerentes de operações estarão trabalhando em turnos que refletem o tempo em Marte, onde o dia tem duração de 24 horas e 40 minutos.

No JPL, engenheiros da missão disseram que as primeiras fotos enviadas por Curiosity — imagens de teste de baixa resolução em preto e branco — poderiam ser transmitidas nos primeiros minutos após o pouso ou, dependendo das comunicações, mais de duas horas mais tarde. No entanto, dependendo de certas circunstâncias, poderá levar até 24 horas para estabelecer um link até Curiosity.

“Estamos racionalmente confiantes e emocionalmente aterrorizados,” disse Steltzner. “Curiosity está por conta própria agora.”

Assista o vídeo abaixo, em Inglês, falando sobre os “Sete Minutos de Terror” para a aterrisagem de Curiosity em Marte:

Com Legenda:

Sem Legenda:

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Câmera Fotográfica Causa Pouso de Emergência

A origem de uma câmera fotográfica abandonada que fez com que um voo da United Airlines para a Suíça desviasse para Boston, foi rastreada até um passageiro de um voo anterior, que esqueceu a câmera no avião.

O voo de Newark (Nova Jersey) para Genebra foi redirecionado na noite de terça-feira, quando a aeromoça descobriu a câmera no bolso de um assento, que não estava ocupado, e não conseguiu identificar o proprietário da mesma dentro do voo.

O avião aterrissou com segurança na terça-feira à noite antes que os funcionários pudessem rastrear o dono da câmera.

O voo 956 decolou de Newark às 18h, com 157 passageiros e 11 tripulantes à bordo, de acordo com os funcionários e o site da United Airlines. Os controladores de tráfego aéreo em Boston receberam a chamada de emergência duas horas após decolagem.

O avião foi escoltado para Boston por dois jatos de combate F-15 às 21h e pousou cerca de 15 minutos mais tarde, “como uma precaução prudente,” de acordo com a NORAD (Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano).

Já em solo, os passageiros foram orientados a deixar tudo no avião, incluindo suas bolsas. Todos os passageiros foram vistoriados novamente e a câmera foi inspecionada por agentes de segurança antes de fazer a liberação.

As câmeras fotográficas são um objeto de preocupação para as autoridades de contraterrorismo. Em um dos planos de terrorismo posteriores ao 11 de Setembro, terroristas exploraram a utilização de câmeras como dispositivos de mecanismos de acionamento de bombas.

Mais recentemente, Ibrahim Hassan al-Asiri, membro da al Qaeda, e que está supostamente por trás dos planos de bombas carregadas dentro de cuecas, trabalhava para descobrir novos explosivos que passassem pelas seguranças do aeroporto. Um destes novos dispositivos supostamente fazia uso de uma câmera fotográfica.

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Curiosidade: Correio Aéreo

O Serviço de Correio Aéreo (Airmail) nos Estados Unidos foi criado em 1918 e foi operado pelo governo por nove anos. A expectativa de vida do piloto de Airmail era de apenas quatro anos. Trinta e um dos primeiros pilotos morreram antes do serviço ser passado para a indústria privada. Durante o período de operação, um a cada seis pilotos morreu em acidente aéreo enquanto entregava correspondências.

“Era primavera de 1920. Não haviam muitos vôos de airmail, e os pilotos estavam morrendo quase tão rápido quanto Departamento de Correios conseguia empregá-los. O airmail passou a ser considerado praticamente um ‘clube de suicídio’, apenas pilotos desesperados para voar ingressavam. Mas o salário era excelente. Estávamos logo fazendo entre $800 a $1000 por mês, e no início dos anos 20 isto era uma quantia tremenda de dinheiro.” (Dean Smith, Piloto de Airmail em 1920)

 Fonte: Guided Flight Discovery, Private Pilot

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Um Pouco Sobre Sally Ride: A Primeira Mulher Americana no Espaço

Na semana passada o mundo todo recebeu a notícia do falecimento da primeira mulher americana que foi ao espaço, Sally Ride. No post de hoje, vamos conhecer um pouco da sua história e trajetória marcante.

Em sua infância, os programas espaciais contavam com astronautas que anteriormente serviam como fuzileiros navais, oficiais da força aérea e pilotos extremamente talentosos. Sally Ride chegou lá um pouco diferente: ela respondeu a um anúncio.

Na década de 1970, a NASA decidiu que, além de pilotos, precisava de alguns astronautas com mais formação nas áreas das ciências. Mais de 8.300 pessoas se candidataram para a vaga, e ela foi uma das 35 pessoas escolhidas. O motivo, ela disse mais tarde, foi “um mistério total.”

Ride passou a se tornar a primeira mulher americana enviada ao espaço, o americano mais jovem enviado ao espaço e a primeira mulher à fazer duas viagens. Ela também foi o único astronauta nomeado para a Comissão Rogers para investigar a explosão de 1986 do ônibus espacial Challenger.

Ride morreu na segunda-feira, dia 23 de julho, em sua casa em La Jolla, após uma batalha de 17 meses com câncer pancreático. Ela tinha 61 anos de idade.

Sua viagem para o espaço tornou seu nome familiar, um símbolo da capacidade da mulher para quebrar o teto de vidro, inspirando gerações de jovens meninas e mulheres que vieram depois dela.

“Sally Ride quebrou barreiras com honra e profissionalismo — e literalmente mudou a cara do programa espacial americano,” diz o administrador da NASA, Charles Bolden.

“O impacto de Sally Ride, e mulheres como ela, não pode ser subestimado”, disse Amy Mainzer, um astrofísico, cientista chefe no Laboraório Jet Propulsion em La Cañada-Flintridge. “Ela era uma ‘prova de existência’,” disse Mainzer. “Ela provou que era possível trabalhar em física espacial, como uma cientista espacial, e ser mulher ao mesmo tempo. O que ela fez foi provar que poderia chegar ao topo e realizar coisas incríveis nessas áereas — e ainda ter um par de ovários.”

A primeira mulher no espaço foi a cosmonauta russa, Valentina Tereshkova, em 1963, mas ela era apenas uma trabalhadora têxtil que havia sido enviada ao espaço mais como “decoração”. A segunda foi Svetlana Savitskaya, ex-piloto que foi também a primeira mulher russa a caminhar no espaço.

Em contraste, Ride tinha uma formação científica muito mais extensa. Ela tinha Bacharel em Física pela Universidade de Stanford e um mestrado e doutorado em Astrofísica, na mesma instituição. Quando a NASA contratou Ride em 1978, ela teve que voltar às aulas para estudar itens básicos de ciência e matemática, meteorologia, orientação, navegação e computadores. Ela também recebeu instrução de voo em um jato de treinos, T-38, uma experiência que a deixou com entusiasmo para voar.

Na semana antes de seu primeiro voo em um ônibus espacial ela disse à Newsweek que “eu não vim para a NASA para fazer história. É importante para mim que as pessoas não pensam que fui escolhida para o voo simplesmente porque eu sou uma mulher e que está na hora da NASA enviar uma mulher.”

Ride trabalhou em terra em preparação para seu primeiro voo. Ela foi a comunicadora de cápsula para o segundo e terceiro voos espaciais e ajudou a desenvolver o braço-robô do ônibus espacial. Em 18 de junho de 1983, entrou no espaço a bordo do ônibus espacial Challenger, para a missão STS-7, tornando-se a primeira mulher americana e, com 31 anos de idade, a pessoa mais jovem no espaço. A tripulação implantou dois satélites de comunicações e realizou experiências farmacêuticas.

Com Ride e John M. Fabian operando o braço do robô, foi realizada a primeira implantação e recuperação de um satélite. Logo após o desembarque, Ride disse: “A coisa que vou lembrar mais sobre o voo é que foi divertido. Na verdade, tenho certeza que é o melhor divertimento que terei em toda minha vida.”

Ride foi novamente a bordo do Challenger para a missão STS-41, que foi lançada em 5 de outubro de 1984. Desta vez, o braço do robô foi colocado para alguns usos incomuns, incluindo raspagem de gelo no exterior do ônibus espacial e para ajustar uma antena de radar.

Ela estava treinando para um terceiro voo quando o Challenger explodiu em Janeiro de 1986, e foi nomeada para a Comissão Rogers que investigou o desastre. Durante o inquérito, ela teria sido a única figura pública a apoiar o engenheiro Morton-Thiokol Roger Boisjoly, que tinha avisado dos problemas técnicos que levaram ao acidente. Mais tarde, ela foi citada dizendo que os astronautas não haviam recebido aviso adequado sobre os potenciais perigos do ônibus espacial. Ela disse para o Chicago Tribune: “Acho que nós talvez tenhamos passado a falsa impressão para as pessoas, fazendo-as pensar que estas são operações de rotina.”

Ride foi posteriormente transferida para a sede da NASA em Washington e foi autora de um relatório intitulado “Liderança e Futuro da América no Espaço.” Também fundou o Escritório de Exploração da agência antes de renunciar do seu cargo em 1987 para trabalhar no Centro Internacional de Controle de Segurança e Armas da Universidade de Stanford.

Em 1989, tornou-se diretora do Instituto do Espaço da Califórnia na Instituição de Oceanografia Scripps e professora de Física na UC San Diego. Em 2001, ela fundou sua própria companhia, Sally Ride Science, para incentivar as mulheres e especialmente jovens moças a ficarem interessadas nas ciências. Ela também escreveu cinco livros para crianças incentivando o interesse em ciência.

Joy A. Crisp, cientista no JPL, se lembra do tempo que observava Ride com grande interesse. Os campos da ciência espacial e engenharia eram considerados ainda “o clube dos homens”. “Ela foi a primeira,” Crisp disse. “E depois dela vieram muitas outras mulheres. Ela fez uma diferença importante.”

“Ela estendeu a mão para muitas mulheres jovens,” disse Crisp. “Fez mulheres e meninas animadas — elas diziam: ‘Ei, eu realmente poderia fazer isso.’ Ela transformou o lance divertido e interessante. Obviamente, ela percebeu que era importante ser esse modelo. Era algo que ela poderia fazer para retribuir.”

Sally Kristen Ride nasceu a 26 de maio de 1951, em Encino. Estudante nota dez, ficava facilmente entediada na escola até que seu interesse na ciência foi agitado pela professora de Fisiologia no segundo grau, Elizabeth Mommaerts.

Ride também agia como um moleque, e era especialmente adepta ao jogo de tênis. Ela teve aulas e foi classificada em décima oitava no circuito júnior em nível nacional, recebendo uma bolsa de estudos parcial no Colégio de Meninas Westlake, agora Colégio Harvard-Westlake.

O profissinal de tênis, Billie Jean King, a viu jogar e disse a ela que ela poderia se tornar uma profissional, e Ride matriculou-se no Colégio Swarthmore para jogar tênis. Mas ela viu que não tinha a dedicação suficiente para o jogo e mudou seu interesse para a Física, transferindo para Stanford.

Enquanto trabalhava para a NASA, Ride foi a primeira em outra coisa: em 26 de julho de 1982, ela e Steven Alan Hawley tornaram-se os primeiros astronautas ativos a se casar. Durante uma audiência, Larry Winn Jr. Perguntou para ela como ela se sentiria quando Hawley fosse para o espaço enquanto ela permanecia na Terra. “Eu vou ser uma observadora muito interessada”, respondeu ela. Os dois se divorciaram em 1987.

Ride foi a única pessoa a servir em dois painéis de investigação de desastre: Challenger e Columbia, em 2003.

Ela recebeu vários prêmios de honra, incluindo sendo premiada duas vezes com a medalha de voo espacial da NASA. Ela foi empossada no Salão da Fama das Mulheres Nacionais e no Salão da Fama dos Astronautas. O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, empossou Ride no Salão da Fama da Califórnia em 2006, e o Presidente Clinton a nomeou para sua equipe de transição.

Ride é sobrevivida por Tam Shaughnessy, sua parceira de 27 anos; sua mãe, Joyce; sua irmã, Karen; e uma sobrinha e sobrinho.

Fonte: LA Times

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